“Papai do
Céu, como eu sou o Papai Noel e não tenho um Papai Noel escrevo ao Senhor
pedindo algumas coisas... Logo mais chega o fim do ano... "sacumé",
no Brasil é um calor que só, e esse povo daqui adora tudo que é americanizado,
e eu terei que colocar aquela roupa vermelha, felpuda, quente, para viajar com
as renas
que não são brasileiras, mas o encanto natalino traz cada uma delas, e
descer Pelas chaminés que não existem das casas sem lareiras (exceto no
Sul, e são tão estreitinhas) e O Senhor cria especialmente para aquela noite
encantada.
Continue,
por amor à elas, mantendo a alegria e o encanto natalino vivo nos corações,
ainda que muitos usem para o comércio e nem se lembrem do Sacrificio do Teu
Filho... Que possamos em conjunto fazer o bem sem olhar a quem... Peço apenas
força para aguentar a roupa pesada... agradeço sempre que nas noites natalinas
cai aquela garoazinha pra me refrescar.
Abençoa,
Senhor, os pequeninos que moram nas ruas e que nem imaginam o que é uma
lareira. Abençoa os que não tem ceia, os que não tem presentes, se eu falhar
com eles peço ao Senhor, que é Perfeito e Bom, que os acompanhe durante o ano.
Cuida deste Pais, Papai do Céu, abençoa este povo sonhador e necessitado, e que
jamais deixem de sonhar, pois é sonhando que se conquista. Que ninguém chame
esta carta de demagogia, mas que sirva para que cada um seja grato ao Senhor
pelo que tem.
Desde já
começa a produção na minha fábrica de brinquedos... Muito obrigado pela missão
e pela força... Amém... Nicolau.”