28.2.14
AUTOR RICO AUTOR POBRE
Estes dias ouvi o audio book de "Pai Rico Pai Pobre", de Robert Kiyosaki e Sharon Lechter, enquanto trabalhava, é muito bom, tem no youtube.
Uma das coisas mais interessantes que tanto neste áudio dizem, como também em "o segredo da mente milionária" e outros da mesma linha de pensamento, é mais ou menos assim: que a maioria das pessoas trabalha pelo dinheiro, mas quem enriquece, ou prospera, é aquele que faz o dinheiro trabalhar por ele; então costumam ensinar a você para trabalhar pelo intuito de que é o trabalho que vai impulsionar as demais coisas, que vai alimentar a geração de recursos para o que realmente importa; que quem quer prosperar deve trabalhar não pensando em pagar as contas e resolver problemas, mas para criar mais dinheiro; porque se você investir, precisa continuar trabalhando para gerar mais investimentos; mas ao contrário, a gente trabalha dia a após dia pra pagar contas e resolver problemas, apagar incêndios e está sempre sem dinheiro.
Um bom exemplo de fazer o dinheiro trabalhar para você é entrar no mercado de ações.. Não sei como funciona em outros estados, aqui em São Paulo, a Bovespa dá cursos gratuitos em que você pode depois do curso comprar ações baratinhas para começar e ir entendendo e crescendo. Outras formas de fazer o dinheiro trabalhar são: aluguel de imóveis, aluguel de quarto, de vaga em quarto, de vaga em garagem, qualquer forma de aluguel de qualquer coisa.
Uma coisa que o áudio não fala é sobre nós, os autores de texto e os autores de imagens, eles esqueceram dos criadores de arte e comunicação. Nossa arte, nossas criações literárias e visuais depois de concebidas trabalham sozinhas.
Se a gente colocá-las para trabalhar, claro.
A gente trabalha produzindo, mas depois, se soubermos fazer contratos direitinho, o licenciamento de imagens e DAs farão com que o dinheiro trabalhe por nós.
Mas para tanto é preciso aprender bem esta arte de negociação e felizmente e muito felizmente temos a Thais Linhares sempre nos ensinando na sua página "rumos e Letras".
Bom... eu confesso que já perdi muito. Gerei desenho a dar pelo ladrão... e 50% disso tem contrato que me favorecerá num futuro, o resto está à deriva porque foi mal negociado ou porque aceitei contratos de cessão total por livre e espontânea pressão da situação financeira e necessidade.
Mas tem horas, e estas devem ser todas (nem sempre é possível) que a gente deve dizer NÃO, e pensar lá na frente ao invés do agora.
Isso o áudio ensinou também. Que mesmo que a gente não ganhe aqui, nossa forma de pensar, e dizer não, e querer o melhor, muda nossa energia, e esta energia que a gente emana diferente atrai quem vibra igual.
Eu tenho experiência viva e verdadeira de que quando me nivelo por baixo atraio gente espertalhona, e quando me nivelo por cima, atraio gente de bem que me valoriza, porque me enxerga de forma a pensar: - Não vou oferecer uma coisa dessas a ele, ele não é daqueles coitadinhos, vou ter que abrir a carteira se quiser este cara! - Ao contrario, quando me nivelo por baixo pensam: Não posso ter um livro ilustrado por aquele ilustrador X, o jeito é chamar o Danilo, que faz qualquer negocio.
Pois bem.
Também ouvi num outro áudio que quem não sabe dizer "não" só pode ser desonesto, consigo e com os outros, porque não será capaz de dar conta de muitas coisas e sabe disso, e prejudica a si e ao contratante.
Este é "Renovando Atitudes", de Francisco do Espírito Santo Neto.
Esta é outra experiência viva que tenho.
Querendo ser bom acabei sendo mau, comigo e com os que confiaram em mim.
Aceitei trabalhos além das minhas possibilidades e me envolvi numa bola de neve que durou mais de um ano, onde autores choraram de tristeza literalmente por perderem oportunidades, editais, patrocínios e programas do governo.
Como recebo 50% na contratação, e meses se passaram sem eu entregar o trabalho, alguns começaram a pedir o dinheiro de volta, mas eu não tinha mais, e então acabei propondo terminar os trabalhos e o contratante não precisava pagar os 50% restantes, e nisso trabalhei meses sem ganhar nada, e as dívidas subiram aos píncaros.
Prejudiquei-os e me prejudiquei.
Então desses dois áudios que ouvi e muito me edificaram tenho duas lições:
1 - Só faça o que você pode, se não pode, seja honesto e explique à pessoa o porquê, para que ela compreenda e não pense que é má vontade ou descaso; se ela se desapontar, é melhor este desapontamento do que aquele que eu contei há pouco.
Não, você não vai perder dinheiro, vai ganhar, porque fazendo uma coisa de cada vez vai ganhar sempre, se pegar tudo para fazer vai se enrolar como eu me enrolei e vai acabar sem ganhar nada como aconteceu comigo.
Se tiver como, firme uma equipe, delegue, administre parcerias, e também não vai perder dinheiro, pois no que aparentemente se perde dividindo, se ganha multiplicando.
2 - Não trabalhe sem contrato, e neste contrato jamais deve haver cessão total e irrestrita de direitos autorais, somente cessão de direitos autorais, e deve haver um prazo para expirar, não importa quantos anos, mas deve haver.
O direito autoral moral da obra sempre será do autor, o direito autoral patrimonial será do contratante até que se expire o contrato e volte para o autor, que pode ser recontratado e receber novamente por aquelas obras, ou pode licenciar para outro contratante.
E nisto fará seu dinheiro trabalhar por você, mesmo que a obra tenha sido produzida há anos.
É isso.
Obrigado por lerem.
Danilo Marques
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Um comentário:
Li. Reli. Treli rs E sim é muito difícil, mas necessário dizermos NÃO... obrigada por compartilhar conosco esse aprendizado. Abçs ao autor, ilustrador, amigo...
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